Canellaceae

Cinnamodendron dinisii Schwacke

Como citar:

Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Cinnamodendron dinisii (Canellaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

346.010,77 Km2

AOO:

440,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Gonzaga e Lirio, 2018), com ocorrência nos estados: MINAS GERAIS, municípios Barroso (Assis 601), Lagoa Dourada (Sobral 1561), Ritápolis (Sobral 13412), Santa Rita do Ibitipoca (Schwacke 12372), Santana de Garambéu (Paula-Souza 4479); PARANÁ, municípios Antonina (Hatschbach 30273), Balsa Nova (Hatschbach 18096), Campo Grande do Sul (Hatschbach 14606), Carambeí (Engels 1613), Cerro Azul (Hatschbach 32621), Clevelândia (Hatschbach 30794), Colombo (Rotta 78), Coronel Domingos Soares (Motta 4098), Curitiba (Dombrowski 383), Guarapuava (Hatschbach 7338), Guaratuba (Engels 1522), Inácio Martins (Hatschbach 30293), Irati (Prado s.n.), Jaguariaiva (Hatschbach 44369), Mandirituba (Dunaiski Jr. 140), Manoel Ribas (Hatschbach 32838), Ortigueira (Francisco s.n.), Palmas (Hatschbach 30750), Piraí do Sul (Tsuji 2128), Piraquara (Hatschbach 35536), Pitanga (Bianek 323), Ponta Grossa (Dusén 10306), Quatro Barras (Kummrow 1574), Quitandinha (Hatschbach 9355), São João do Triunfo (Solon s.n.), São José dos Pinhais (Silva 3775), São Mateus do Sul (Wasum 3923), Tamandaré (Dusén 10330), Turvo (Caxambu 2857); RIO DE JANEIRO, municípios Paraty (Martinelli 13472), Rio de Janeiro (Silva s.n.); RIO GRANDE DO SUL, municípios Áurea (Butzke 11543), Bom Jesus (Wasum 2342), Erechim (Butzke 11521), Getúlio Vargas (Scariot s.n.), Vacaria (Rambo 51554); SANTA CATARINA, municípios Abelardo Luz (Smith 12847), Água Doce (Smith 13594), Anita Garibaldi (Verdi 1369), Bela Vista do Toldo (Verdi 5440), Benedito Novo (Caetano s.n.), Caçador (Reitz 11714), Campo Belo do Sul (Bosio 124), Campos Novos (Reitz 16166), Canoinhas (Reitz 13595), Capão Alto (Verdi 545), Curitibanos (Smith 8295), Guaramirim (Uller 280), Ibiam (Dreveck 205), Itaiópolis (Verdi 50), Lages (Rambo 49651), Lebon Régis (Reitz 11934), Mafra (Godoy 53), Ponte Alta (Landrum 2694), Rio dos Cedros (Verdi 5846), Vargem Bonita (Liebsch 1322), Videira (Bresolin 1250); SÃO PAULO, municípios Apiaí (Torezan 609), Biritiba-Mirim (Custodio Filho 1710), Iguape (Anunciação 82), Iporanga (Barreto 1912), Itanhaém (Farah 2309), Praia Grande (Monteiro 189), Salesópolis (Kuhlmann 3089), São Miguel Arcanjo (Moraes 422), São Paulo (Hoehne s.n.), Sete Barras (Galetti 527).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore aromática de até 20 m, endêmica do Brasil (Gonzaga e Lirio, 2018). Conhecida popularmente como paratudo ou pimenteira, a espécie foi coletada em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Decidual associadas a Mata Atlântica em diversos estados das regiões Sudeste e Sul do Brasil. Foi registrado continuamente desde o Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais e a partir daí, de forma contínua até o norte do estado do Rio Grande do Sul. Apresenta ampla distribuição em diversas fitofisionomias florestais, EOO=308679 km², grande densidade de coletas, presença em diversas Unidades de Conservação de diferentes níveis de proteção e esferas administrativas, além de ser considerada uma árvore frequente. Possui potencial valor econômico e uso medicinal, por seus compostos e extratos de ampla aplicabilidade na indústria de cosméticos e medicamentos, ainda sem informações sobre exploração irracional de estoques naturais. Considerando-se o exposto, sua amplitude geográfica e ecológica, além da elevada representatividade em herbários e presença em áreas protegidas, a espécie foi considerada como Menor Preocupação (LC) no momento, demandando ações de pesquisa (tendências populacionais) e conservação a fim de se evitar sua inclusão em categorias de ameaça no futuro.

Último avistamento: 2017
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Pl. Nov. Mineir. 1: 5, tab. 1. 1898. Popularmente conhecida como pau-para-tudo (SC), pimenteira (PR, SC, SP), paratudo (sudeste), pau-amargo (Gonzaga e Lirio, 2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A espécie possui propriedades medicinais e a presença de óleos essenciais com acentuado odor aromático produzido por compostos voláteis é uma importante opção para a indústria de cosmético e perfumaria (Torres et al., 2010). Além disso, a espécie apresenta óleo essencial com ação tóxica com potencial para a futura aplicação em atividades de promoção da saúde ou relacionadas com alimentos (Andrade et al., 2018).

População:

Detalhes: Em Santa Catarina, no componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual foram amostrados 29 indivíduos e na regeneração natural 4 indivíduos (Vibrans et al., 2012), no componente arbóreo/arbustivo da Floresta Ombrófila Densa foram amostrados 16 indivíduos e na regeneração natural 1.5 ind./ha (Vibrans et al., 2013a) e no componente arbóreo/arbustivo da Floresta Ombrófila Mista foram amostrados 478 indivíduos e na regeneração natural 35 indivíduos (Vibrans et al., 2013b). Foi considerada uma espécie com população abundante no estado de Santa Catarina (Gasper et al., 2018).
Referências:
  1. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. II, Floresta Estacional Decidual. Edifurb, Blumenau, 336 p.
  2. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2013a. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. IV, Floresta Ombrófila Densa. Edifurb, Blumenau, 576 p.
  3. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2013b. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. III, Floresta Ombrófila Mista. Edifurb, Blumenau, 440 p.
  4. Gasper, A.L. de, Oliveira, L.Z., Lingner, D.V., Vibrans, A.C. (Orgs.), 2018. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. VII, Espécies arbóreas raras de Santa Catarina. Edifurb, Blumenau, 256 p.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Decidual
Fitofisionomia: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Árvore aromática terrícola de 5-20 m, preferencialmente heliófita ou de luz difusa e mais raramente esciófita que habita a Mata Atlântica (Reitz, 1988).
Referências:
  1. Gonzaga, D.R.; Lirio, E.J. Canellaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB111724>. Acesso em: 22 Ago. 2018
  2. Lorenzi, H., 2009. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. v. 2, 3. ed. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 384 p.
  3. Reitz, R., 1988. Caneláceas, Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí, 20 p.
  4. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. II, Floresta Estacional Decidual. Edifurb, Blumenau, 336 p.

Reprodução:

Detalhes: A formação de botões florais ocorre a partir de junho, em seguida a floração ocorre de agosto a outubro e a frutificação de novembro a fevereiro. Os frutos vermelhos são procurados pela avifauna (Embrapa Florestas, 2011)
Fenologia: flowering (Jul~Oct), fruiting (Nov~Fev)
Dispersor: Sementes amplamente disseminadas pela avifauna (Embrapa Florestas, 2011; Lorenzi, 2009).
Síndrome de dispersão: ornitochory
Estratégia: iteropara
Sistema sexual: hermafrodita
Sistema: unkown
Referências:
  1. Lorenzi, H., 2009. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, v. 2, 3. ed. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 384 p.
  2. Embrapa Florestas, 2011. Monitoramento da fenologia vegetativa e reprodutiva de espécies nativas dos biomas brasileiros: pimenteira. Colombo.

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development mature individuals past,present,future national very high
A expansão urbana é um dos usos do solo responsável pela conversão e redução das florestas, especialmente da Floresta Ombrófila Densa, em Santa Catarina (Vibrans et al., 2013a). A expansão longitudinal urbana também é uma atividade responsável por alterar o uso do solo na região metropolitana de Curitiba, a qual incluí vários outros municípios (Pilotto, 2010). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2013a. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. IV, Floresta Ombrófila Densa. Edifurb, Blumenau, 576 p.
  2. Pilotto, A.S., 2010. Área metropolitana de Curitiba: um estudo a partir do espaço intra-urbano. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, 196 p.
  3. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture mature individuals past,present,future regional high
A agricultura, pecuária e silvicultura são os principais usos do solo responsáveis pela conversão e alteração das florestas em Santa Catarina (Sevegnani et al., 2012, 2009, Vibrans et al., 2013b, 2013a, 2012, 2011). Dentre os fatores de perturbação constatados no entorno dos remanescentes de Floresta Estacional Decidual a agricultura esteve presente em 66%, a pecuária em 47% e as plantações florestais (Pinus e Eucalyptus) em 32% dos remanescentes, sendo que o pastejo pelo gado foi constatado no interior de 36% dos remanescentes amostrados (Vibrans et al., 2012). Na Floresta Ombrófila Mista a pecuária foi constatada no entorno de 60% dos remanescentes amostrados, as plantações florestais (Pinus e Eucalyptus) em 47,5% e a agricultura em 35%, sendo que o pastejo foi registrado no interior de 65% dos remanescentes amostrados (Vibrans et al., 2013b). Na Floresta Ombrófila Densa o gado esteve presente em 16,8% dos remanescentes amostrados e as plantações florestais (Pinus e Eucalyptus) foram constatadas no entorno de 50% dos remanescentes (Vibrans et al., 2013a). Situação semelhante é constatada na Floresta Ombrófila Mista no estado do Paraná, cujas ameaças são a extração seletiva de madeira, agricultura, pecuária e plantações florestais com espécies exóticas (Castella e Britez, 2004, Eisfeld et al., 2015). A microrregião de Registro registra 63% da produção de banana estadual, e outros 9% da produção estadual estão na região vizinha, a Baixada Santista (Moraes, 2007).
Referências:
  1. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. II, Floresta Estacional Decidual. Edifurb, Blumenau, 336 p.
  2. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2013a. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. IV, Floresta Ombrófila Densa. Edifurb, Blumenau, 576 p.
  3. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2013b. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. III, Floresta Ombrófila Mista. Edifurb, Blumenau, 440 p.
  4. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Uhlmann, A., Schorn, L.A., Sobral, M.G., Gasper, A.L. de, Lingner, D. V., Brogni, E., Klemz, G., Godoy, M.B., Verdi, M., 2011. Structure of mixed ombrophyllous forests with Araucaria angustifolia (Araucariaceae) under external stress in Southern Brazil. Rev. Biol. Trop. 59, 1371–1387.
  5. Sevegnani, L., Verdi, M., Dreveck, S., Gasper, A.L. de, Vibrans, A.C., Uhlmann, A., Schorn, L.A., Marcolin, M., Sobral, M.G., Godoy, M.B., Lingner, D.V., Brogni, E., Klemz, G., 2009. Fatores condicionantes de degradação no interior dos remanescentes de Floresta Ombrófila Mista altomontana e ecótonos existentes no planalto de Santa Catarina, in: Anais do IX Congresso de Ecologia do Brasil. São Lourenço, p. 1–3.
  6. Sevegnani, L., Silva, T.C. da, Gasper, A.L. de, Meyer, L., Verdi, M., 2012. Flora arbórea e o impacto humano nos fragmentos florestais na bacia do Rio Pelotas, Santa Catarina, Brasil. Rev. Estud. Ambient. 14, 60–73.
  7. Castella, P.R., Britez, R.M. (Orgs.), 2004. A Floresta com Araucária no Paraná: conservação e diagnóstico dos remanescentes florestais. MMA - Ministério do Meio Ambiente, Brasília, 233 p.
  8. Eisfeld, R.L., Nascimento, F.A.F., 2015. Mapeamento dos Plantios Florestais do Estado do Paraná – Pinus e Eucalyptus. Curitiba, Instituto de Florestas do Paraná, 76 p.
  9. Moraes, G.I. de, 2007. Estratégias para a comercialização da banana no Vale do Ribeira. Cad. Econ. Unochapecó 20, 119–128.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.3 Logging & wood harvesting mature individuals past,present,future regional high
A exploração seletiva histórica ou atual de madeireira têm sido constatada nos remanescentes florestais de Santa Catarina (Sevegnani et al., 2012, 2009, Vibrans et al., 2013b, 2013a, 2012a, 2011). Outro fator de degradação que merece destaque é a pratica de bosqueamento ou roçada do sub-bosque, realizada pelos proprietários para facilitar o acesso do gado no interior da floresta, porém subtraindo os indivíduos jovens (Sevegnani et al., 2012, 2009, Vibrans et al., 2013b, 2013a, 2012a, 2011). A roçada do sub-bosque é uma atividade comum na Floresta Ombrófila Mista, principal região de ocorrência da espécie (Sevegnani et al., 2012, Vibrans et al., 2013b, 2011). Cabe ainda ressaltar que muitos proprietários tem o hábito de roçar ou eliminar de suas propriedades os indivíduos de espécies consideradas ameaçadas de extinção ou que possam apresentar algum impedimento para a liberação de seus pedidos de supressão vegetal junto aos órgão competentes (Gasper et al., 2011). A cobertura das Florestas estacional Decidual, Ombrófilas Densa e Mista em Santa Catarina foram estimadas em 16,1%, 40,5% e 24,4%, respectivamente (Vibrans et al., 2013c, 2012b). Situação semelhante é constatada na Floresta Ombrófila Mista no estado do Paraná, cujas ameaças são a extração seletiva de madeira, agricultura, pecuária e plantações florestais com espécies exóticas (Castella e Britez, 2004, Eisfeld et al., 2015). Dados publicados recentemente (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossitemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento áreas florestais e sua qualidade estão em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016).
Referências:
  1. Sevegnani, L., Silva, T.C. da, Gasper, A.L. de, Meyer, L., Verdi, M., 2012. Flora arbórea e o impacto humano nos fragmentos florestais na bacia do Rio Pelotas, Santa Catarina, Brasil. Rev. Estud. Ambient. 14, 60–73.
  2. Sevegnani, L., Verdi, M., Dreveck, S., Gasper, A.L. de, Vibrans, A.C., Uhlmann, A., Schorn, L.A., Marcolin, M., Sobral, M.G., Godoy, M.B., Lingner, D.V., Brogni, E., Klemz, G., 2009. Fatores condicionantes de degradação no interior dos remanescentes de Floresta Ombrófila Mista altomontana e ecótonos existentes no planalto de Santa Catarina, in: Anais do IX Congresso de Ecologia do Brasil. São Lourenço, p. 1–3.
  3. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2012a. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. II, Floresta Estacional Decidual. Edifurb, Blumenau, 336 p.
  4. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2013a. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. IV, Floresta Ombrófila Densa. Edifurb, Blumenau, 576 p.
  5. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2013b. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. III, Floresta Ombrófila Mista. Edifurb, Blumenau, 440 p.
  6. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Uhlmann, A., Schorn, L.A., Sobral, M.G., Gasper, A.L. de, Lingner, D. V., Brogni, E., Klemz, G., Godoy, M.B., Verdi, M., 2011. Structure of mixed ombrophyllous forests with Araucaria angustifolia (Araucariaceae) under external stress in Southern Brazil. Rev. Biol. Trop. 59, 1371–1387.
  7. Gasper, A.L. de, Sevegnani, L., Vibrans, A.C., Uhlmann, A., Lingner, D.V., Verdi, M., Dreveck, S., Stival-Santos, A., Brogni, E., Schmitt, R., Klemz, G., 2011. Inventory of Dicksonia sellowiana Hook. in Santa Catarina. Acta Bot. Brasilica 25, 776–784.
  8. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
  9. Castella, P.R., Britez, R.M. (Orgs.), 2004. A Floresta com Araucária no Paraná: conservação e diagnóstico dos remanescentes florestais. MMA - Ministério do Meio Ambiente, Brasília, 233 p.
  10. Eisfeld, R.L., Nascimento, F.A.F., 2015. Mapeamento dos Plantios Florestais do Estado do Paraná – Pinus e Eucalyptus. Curitiba, Instituto de Florestas do Paraná, 76 p.
  11. Vibrans, A.C., McRoberts, R.E., Moser, P., Nicoletti, A.L., 2013c. Using satellite image-based maps and ground inventory data to estimate the area of the remaining Atlantic forest in the Brazilian state of Santa Catarina. Remote Sens. Environ. 130, 87–95.
  12. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2012b. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. I, Diversidade e Conservação dos Remanescentes Florestais. Edifurb, Blumenau, 344 p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 7.2 Dams & water management/use locality,mature individuals past,present,future regional high
Os empreendimentos hidroenergéticos, incluindo os aproveitamentos, pequenas centrais e usinas hidroenergéticas, têm causado a perda de habitat devido a supressão total da vegetação para a implantação do lago de barramento. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul destacam-se os inúmeros empreendimentos hidroenergéticos implantados ao longo dos rios Pelotas e Uruguai ou seus afluentes (Engera, 2013; Prochnow, 2005, RTK Engenharia, 2016). Nos últimos anos, a implantação de parques eólicos vêm crescendo na região Sul (Marcio Verdi, com. pess.) embora seja considerada uma atividade de menor impacto (Barcella e Brambilla, 2012), em alguns casos provoca a supressão total da vegetação local. Na região serrana, mais precisamente no Planalto Sul Catarinense, práticas como a retirada da Floresta Ombrófila Mista para a introdução de espécies exóticas, principalmente o Pinus sp, bem como a queima do campo nativo como prática tradicional de manejo para a pecuária extensiva, estão em franco crescimento (Baretta et al., 2005).
Referências:
  1. Prochnow, M. (Org.), 2005. Barra Grande - a hidrelétrica que não viu a floresta. APREMAVI, Rio do Sul. 104 p.
  2. RTK Engenharia, 2016. Relatório de Impacto Ambiental - RIMA PCH Barra do Pinheiro. 209 p.
  3. Engera, 2013. Relatório de Impacto Ambiental - RIMA PCH Águas de Ouro. 214 p.
  4. Barcella, M. dos S., Brambilla, F.R., 2012. Energia eólica e os impactos sócio-ambientais: estudo de caso em parque eólico do Rio Grande do Sul, Brasil. Rev. Ciências Ambient. 6, 05-18.
  5. Baretta, D., Santos, J.C.P., Figueiredo, S.R., Klauberg-Filho, O., 2005. Efeito do monocultivo de Pinus e da queima do campo nativo em atributos biológicos do solo no Planalto sul Catarinense. Rev. Bras. Cienc. do Solo 29, 715–724.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2 Species stresses 8.1 Invasive non-native/alien species/diseases mature individuals past,present,future regional high
A introdução do monocultivo de Pinus e Eucalyptus para a produção de madeira tem contribuído para o processo de invasão dessas espécies exóticas (Falleiros et al., 2011; Tomazello-Filho et al., 2017). Outra espécie exótica invasora é Hovenia dulcis (Lazzarin et al., 2015; Vibrans et al., 2012). No Brasil, o maior número de registros para Hovenia dulcis está na Região Sul (Buttenbender e Almerão, 2018).
Referências:
  1. Falleiros, R.M., Zenni, R.D., Ziller, S.R., 2011. Invasão e manejo de Pinus taeda em campos de altitude do Parque Estadual do Pico Paraná, Paraná, Brasil. Floresta 41, 123–134.
  2. Tomazello-Filho, M., Latorraca, J.V. de F., Fischer, F.M., Muñiz, G.I.B. de, Melandri, J.L., Stasiak, P.M., Torres, M.A., Piccion, W.J., Hoffmann, H.A., Silva, L.D., 2017. Avaliação da dispersão de sementes de Pinus taeda L. pela análise dos anéis de crescimento de árvores de regeneração natural. Floresta e Ambient. 24, e00040913.
  3. Lazzarin, L.C., Silva, A.C. da, Higuchi, P., Souza, K., Perin, J.E., Cruz, A.P., 2015. Invasão biológica por Hovenia dulcis Thunb. em fragmentos florestais na região do Alto Uruguai, Brasil. Rev. Árvore 39, 1007–1017.
  4. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. II, Floresta Estacional Decidual. Edifurb, Blumenau, 336 p.
  5. Buttenbender, T.D., Almerão, M.P., 2018. Comércio de Hovenia dulcis Thunb. (uva -do-japão), uma espécie exótica invasora no sul do Brasil. Rev. Ciências Ambient. 12, 37–44.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie foi coletada no Parque Nacional Guaricana (Silva, 3775).
Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie foi coletada no Jardim Botânico Municipal de Curitiba (Lohmann, 727), Parque Municipal da Barreirinha (Dziewa, 100), Parque Municipal das Araucárias (Cordeiro, 21), Parque Natural Municipal Longines Malinowski (Tomazin, s.n.), Área de Proteção Ambiental de Cairuçú (Martinelli, 13472), Área de Proteção Ambiental de Grumari (Silva, s.n), Parque Estadual Carlos Botelho (Moraes, 425), Parque do Estado de São Paulo (Hoehne, s.n.), Estação Biológica de Boracéia (Kuhlmann, 3089), Parque Estadual da Serra do Mar (Farah, 2309) e Estação Ecológica Juréia-Itatins (Anunciação, 82).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
3. Medicine - human and veterinary natural stalk
É usada na medicina popular (Lorenzi, 2009; Reitz, 1988; Schwacke, 1898; Torres et al., 2010).
Referências:
  1. Torres, E., Wisniewski, A., Simionatto, E.L., 2010. Composição química dos componentes voláteis de Capsicodendron dinisii Schwancke (Canellaceae). Quim. Nova 33, 130–132.
  2. Lorenzi, H., 2009. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. v. 2, 3. ed. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 384 p.
  3. Reitz, R., 1988. Caneláceas, Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí, 20 p.
  4. Schwacke, W. 1898. Plantas novas mineiras I. Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais 1: 5–7.
Uso Proveniência Recurso
16. Other natural stalk
A madeira é empregada para caixotaria, confecção de brinquedos e para lenha e carvão (Lorenzi, 2009).
Referências:
  1. Lorenzi, H., 2009. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. v. 2, 3. ed. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 384 p.